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Fazer inventário ou não? Confira as dicas

  • petersonbranco
  • 12 de out. de 2022
  • 2 min de leitura

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Quando um ente querido falece, muitas vezes, demoramos para tomar algumas providências burocráticas, mas necessárias para evitar complicações no futuro. Fazer inventário, por exemplo, é muito importante e neste artigo vamos explicar o porquê.

A ação de inventário (inventário post mortem) nada mais é do que listar os bens e direitos da pessoa falecida e distribui-los entre os herdeiros.

Porém, engana-se quem pensa que pessoas que não possuem bens e/ou direitos a serem distribuídos não precisam fazer inventário. Ele é obrigatório.

Nesse caso, é preciso fazer o Inventário Negativo, documento que serve justamente para demonstrar a ausência de bens e/ou direitos aos herdeiros.


Princípio de Saisine

De acordo com o Princípio de Saisine, os bens e direitos de uma pessoa são imediatamente transferidos para seus herdeiros após a sua morte. No entanto, isso não exclui a necessidade do inventário.

O princípio conserva a posse dos bens com a família do falecido, mas a transferência só pode ocorrer depois da Ação de Inventário, que pode ser judicial ou extrajudicial.

Enquanto não acontece a partilha, os bens serão considerados como um bem só, chamado de espólio, pertencente a todos os herdeiros.

Dessa forma, o bem pertence a todos e, ao mesmo tempo, a nenhum herdeiro em particular.

Com a partilha, é expedido um documento autorizando a transferência para um ou mais herdeiros contemplados.

Afinal, o que pode acontecer caso a família prefira não fazer inventário por algum motivo? Confira as principais consequências a seguir.


Não fazer inventário pode trazer consequências desagradáveis


1 . O casamento do cônjuge sobrevivente

Sem fazer a ação de inventário, o cônjuge poderá casar-se novamente somente optando pelo regime de Separação Total de Bens.

Se quiser se casar sob outro regime, deverá distribuir os bens do falecido entre os herdeiros.


2 . Os herdeiros dos herdeiros podem ter prejuízo

Quando a ação de inventário não é feita e um herdeiro falece, fica ainda mais difícil do seu filho receber essa herança, se for o caso.

Frente a essa situação, deverá ser feito o inventário do pai (segundo falecido), considerando a hipótese de não existir mais outros bens para serem divididos.

Assim, o herdeiro do herdeiro não será o único proprietário do bem, que deve ser dividido entre todos os herdeiros.

Esse é um caso que tende a se agravar com a passagem do tempo, se não for resolvido.


3 . Negócios com os bens em caso de necessidade

Outra consequência de não fazer inventário é que os herdeiros não podem fazer qualquer ação – alugar, vender, doar, transferir, trocar – enquanto a partilha não for devidamente feita.

Dependendo da situação, outras consequências podem acontecer, mas o advogado precisa avaliar as particularidades para dar um parecer completo.

Fazer inventário na hora certa ajuda a evitar uma série de dores de cabeça entre os familiares. Se você tem alguma dúvida e precisa de assessoria jurídica especializada, entre em contato conosco agora mesmo.

 
 
 

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